
Bom fazia tempo que não assistia um filme que eu gostasse a ponto de querer comentá-lo. Ontem a pesar de cansada estava sem sono, e resolvi entre as opções que tinha assistir o filme 'Flerte - o jogo do amor'.
Ao assisti-lo deparei-me com cenas e sentimentos comuns a maioria de nós; afinal, apesar de não ser muito usada a expressão 'flerte' e suas variáveis, o ato de flertar é algo bem comum - ou não!? Quem nunca deu aquela olhada com segundas, terceiras e/ou quartas intenções, ou nunca retribuiu um desses olhares com um sorriso tímido, ou nem tanto?
Mas muito além do flerte, e do jogo de sedução, existe o sentimento, o medo da solidão os valores relacionais, o amor, a paixão o afeto - o casal principal discute bem esses temas, o medo do compromisso, mas também da solidão e da perda. E quantos de nós não temos os mesmos medos, não mascaramos nossos sentimentos, não sufocamos nossas vontades? (Apesar da maioria negar esse fato).
Confessar nossos medos, e desejos são de fato algo complicado - não pra todos, mas pra mim sim. Confessar que me vi não na cena em si, mas nas dúvidas, medos e sonhos. A brincadeira das horas (11:11 agora inclusive), o mascaramento da dor, o sufocamento de alguns desejos, o aborto prematuro de sentimento e relacionamentos que poderiam ser promissores.
O fato é que eu acho legal esse lance do olhar, e o valorizo bastante, mas mais do que isso preciso aprender a vencer meus medos para viver o que vem depois do flerte; criar coragem pra lutar pelo que quero e de correr o risco do não ou da realização resultante do sim; afinal a vida por mais que neguemos é um jogo, e para ir longe, é preciso mais do que determinação, coragem, porque nem sempre a gente ganha, mas são as derrotas que nos fazem valorizar as vitórias.
Não quero alguém do meu lado, simplesmente para não ficar sozinha, não quero alguém par passar o tempo; quero sim ter alguém, mas que eu goste, e que eu o aceite e ele me aceite humanos como somos, com defeitos e virtudes, alguém para compartilhar, somar, multiplicar e dividir - e não alguém apenas pra eu não me sentir só.